No nosso dia-a-dia, confundimos muitas
vezes tristeza e depressão. No entanto, a primeira é uma emoção, comum a todos os seres humanos e
essencial à sua sobrevivência, na maioria das vezes adaptativa, enquanto que a
segunda, já é uma perturbação emocional.
Sendo assim, porque ficamos tristes?
A tristeza é uma resposta a uma perda de
algo ou de alguém, normalmente relacionada com um acontecimento já ocorrido, ou
seja, ligada ao passado.
A maioria das pessoas depois de chorar fica com uma sensação de alívio. A tristeza permite-nos descansar, a recuperar as energias e ajudar-nos a deixar ir o que já perdemos, o que já acabou e a abrir espaço para novos acontecimentos. Após a sua expressão adequada, renovamo-nos, entregando o passado ao passado e movemo-nos para o presente, para o “aqui e agora” prontos e abertos para novas possibilidades. A tristeza tem também uma função adaptativa na nossa relação com os outros, uma vez que provoca empatia e cuidado, convida ao consolo e à ajuda por parte dos outros.
Assim, não é de todo saudável reprimir a tristeza. Só sentindo-a, contrariamente ao
vinculado na nova corrente da Psicologia Positiva, poderemos elaborar a perda,
seja ela qual for: ente, querido, emprego, objecto pessoal, etc. Devemos
dar-lhe espaço, para mais tarde, qual “Fénix renascida das cinzas”, nos reerguermos
mais capazes e confiantes.
1 comment:
Obrigada Catarina.
Nem de propósito!!!
Bom fim de semana,
bjinho,
Aldora
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