A depressão afecta 20% da população
portuguesa e tem causas variabilíssimas
desde factores situacionais/ambientais a biológicos: perda de um ente querido, dificuldades relacionais, desemprego, dificuldades na adaptação escolar/profissional, abuso de
determinados medicamentos, drogas ou álcool, predisposição genética, desequilíbrios
neuroquímicos, entre outras.
Segundo os técnicos de saúde mental, a depressão pode ser dividida em três grandes categorias:
1 - DEPRESSÃO MAJOR
Esta perturbação é aquela que a
maioria das pessoas pensa quando fala em depressão: choro fácil, perda de
interesse, ganho ou perda de peso, incapacidade em adormecer ou desejar dormir
a maioria do tempo, perda de energia e iniciativa, sentimentos de culpa e de
desvalorização, incapacidade para se concentrar ou manter a atenção, sensação
que se está lento, pensamentos relacionados com a morte ou suicídio,
irritabilidade, sentimentos de vazio e sentimentos de desesperança. Muitas
vezes a pessoa não reporta sentimentos de tristeza e desvalorização, mas exibe
todos os outros sintomas da depressão (perturbação do sono, perda de desejo
sexual, perda de apetite, perda de energia) não tendo consciência do seu
sofrimento emcocional.
2 - PERTURBAÇÕES BIPOLARES
A perturbação bipolar é considerada
um desequilíbrio neuroquímico herdado geneticamente. Tem as características de
uma perturbação depressiva major mas durante períodos de tempo a pessoa
sente-se grandiosa, energética, agitada e irritada. Estes dois “pólos” de energia
e apatia, tristeza e raiva, etc. podem ir e vir em vários ciclos ao longo do
tempo.
Na perturbação ciclotímica,
apesar dos sintomas não corresponderem
bem aos da perturbação bipolar a pessoa também atravessa ciclos de falta de
energia e excesso de energia inapropriada que interferem na capacidade de
“funcionar” bem no mundo da pessoa.
3 - PERTURBAÇÃO DISTÍMICA
Com a perturbação distímica a pessoa
não sente toda a força dum episódio depressivo major onde é quase impossível
tomar acção ou fazer qualquer coisa, mas o pessimismo, a perda de energia e a
perda de esperança tornaram-se normais, e a pessoa tornou-se tão habituada a
este estado que qualquer outro lhe pareceria estranho.
O tratamento da depressão está associado desde há muito ao tratamento
psicofarmacológico exclusivo. Contudo, ao tomar medicamentos a pessoa não
pensa, e não deprime na realidade. A cura da depressão passa elaboração dos
sentimentos com a ajuda do psicoterapeuta dentro da relação estabelecida entre cliente e terapeuta.
Ninguém se consegue curar sozinho nem só com medicamentos, que são muitas vezes
necessários.
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