A
sociedade moderna encara, na maior parte das vezes, o stress como
algo de negativo, mas, na sua definição, “o stress é um conjunto
de reacções orgânicas e psicológicas de adaptação que o
organismo emite quando é exposto a qualquer estímulo que o excite,
irrite, amedronte ou o faça muito feliz”. (Hans Selye)
Determinados
acontecimentos, como a viuvez, o divórcio, doença ou incapacidade
física, casamento, desemprego, guerra, catástrofes naturais,
nascimento de um filho, excesso de trabalho, entre outros, provocam
um desequilíbrio entre as solicitações que são feitas ao
indivíduo e os recursos de que dispõe para lhes responder.
Biologicamente,
face a este desequilíbrio, a hormona cortisol é produzida e
libertada, aumentando a pressão arterial, o açúcar no sangue e a
tensão física e psicológica. O organismo entra em modo de
sobrevivência, parando de renovar células e tecidos para concentrar
toda a energia que consegue.
Contudo, na maioria das vezes temos
de e conseguimos utilizar estratégias de coping (lidar
com/enfrentar/superar) para restabelecer a ordem interior, eliminando
o stress. Assim, o stress só constitui um risco para a segurança e
a saúde quando se torna persistente.
Podemos
diferenciar vários tipos de stress (usando a terminologia
anglo-saxónica):
- Stress
agudo. Surge
em situações extremas, normalmente de perigo de vida, como cenários
de guerra, catástrofes naturais e acidentes, em que é desencadeada
a resposta de luta ou fuga.
- Stress
crónico. Resulta
de questões da vida diária como contas, filhos, trabalho, etc.,
quando ignorado e persistente.
- Eustress. Originado
por acontecimentos positivos como o nascimento de um filho,
casamento, promoção, etc.
- Distress.
Com origem em acontecimentos de vida negativos como viuvez, divórcio,
desemprego, dificuldades no trabalho, etc.
Deve-se ressalvar
que, por vezes, níveis de stress medianos aumentam e melhoram o
nosso desempenho.
Nos
casos de distress,
especialmente crónico, podemos destacar vários efeitos no
indivíduo:
- Emocionais: irritabilidade,
ansiedade, perturbações do sono, depressão, hipocondria,
alienação, esgotamento, problemas
familiares;
- Cognitivos: dificuldades
de concentração, de memória, de aprendizagem e de tomada de
decisão;
- Comportamentais: impulsividade,
abuso de substâncias, perda de apetite ou grande
aumento;
- Fisiológicos: dores
lombares, défice imunitário, úlceras, problemas cardíacos,
hipertensão, anergia, problemas de pele.
Caso
se encontre em stress pode adoptar algumas estratégias simples para
o regular:
- Pratique
exercício físico;
- Evite o consumo de substâncias
estimulantes;
- Durma bem;
- Pratique exercícios de
respiração, relaxamento e meditação.
Catarina Barra Vaz
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